terça-feira, 18 de outubro de 2011

À procura de líderes? Ou de lideranças partilhadas?

Com a realização do workhop "Introduzir a Igualdade de Género no Reinventar de Lideranças" no passado dia 15 de Outubro, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, no âmbito da colaboração com Centro de Investigação e de Intervenção Educativas (CIIE), concluímos a importante etapa da organização de 15 workshops sobre Igualdade de Género, Qualidade de Vida e Lideranças Partilhadas, na zona Norte do país.




Este workshop foi bastante diversificado relativamente à origem e território de residência, juntando no grupo a experiência de 29 pessoas oriundas do Porto, Coimbra, Lisboa, Vila Real, Salamanca, Madrid e São Paulo, contando ainda com a observação participada de um jovem estudante de Mestrado em Ciências da Educação da Universidade do Porto, oriundo da Roménia, anterior participante em dois dos nossos workshops, para concretização do seu Percurso de Literacia.
Em conjunto, reflectimos sobre alguns desafios às lideranças de futuro:




“Trata-se de criar uma maior diversidade possível na tomada de decisões, de uma maior riqueza de perspectivas e de mais espaço para a discussão que contribui para a qualidade".




“A Liderança Partilhada é muito mais do que saber como se pode liderar de uma forma eficaz. É uma questão do evoluir da sociedade e da tradução desta evolução em novas formas de trabalho, de organização, de aprendizagem e de gestão e liderança. A nova forma de lidar com a liderança deve ser aprendida e desenvolvida. Na liderança partilhada trata-se sobretudo de co-criação. A figura de líder formal vai dar lugar a um processo de liderança. Assim, a liderança é fruto de um processo colectivo que resulta num nível mais elevado de resultados. A liderança não é mais uma tarefa delimitada e definida, determinada por um conjunto estático de funções e marcada por um status associado. Tornar-se-á um processo social, construído em conjunto por várias pessoas. Para que novas formas de organização do trabalho possam ser desenvolvidas é preciso ir à procura de next practices, em vez de pensar em termos de best practices”.




“A liderança do século XXI terá de cuidar do contexto no qual a organização opera. Os/as líderes terão de tornar plausível como a pobreza, a saúde e o ambiente informam os seus projectos de negócio. A visão do futuro não é mais um prognóstico feito de números, mas um discurso em palavras. Isto exige uma perspectiva diferente de líder: não é mais a empresa contra o mundo exterior. A empresa é parte deste mundo, e assume responsabilidade para este mundo".