quinta-feira, 19 de maio de 2011

Romper o manto de silêncio… Acção política necessária?

Decorrido mais um workhop "Introduzir a Igualdade de Género no Reinventar de Lideranças" realizado nos dias 13 e 14 de Maio, na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa, apresentamos, de seguida, pequenas parcelas dos textos propostos como desafio à reflexão entre pares:


"A entrada maciça das mulheres no espaço público tem vindo a ser considerado como uma igualdade de certo modo envenenada, porque as mulheres tiveram de acrescentar às responsabilidades da vida privada (as tarefas domésticas) as profissionais e cívicas. Há um silêncio da sociedade sobre isto, como se nada tivesse acontecido. Todos sabemos a que custo as mulheres o conseguem e as consequências desta sobrecarga na vida de todos. Procura-se assim propostas que enriqueçam a teoria da cultura das mulheres, ao mesmo tempo que se procura apontar para um novo modelo de sociedade".


"As mulheres ainda não conseguiram aceder às instâncias de poder que decidem uma nova organização de Estado. E elas próprias são as primeiras vítimas. A reorganização e regulação do mercado de trabalho são vitais, para que as pessoas possam ter mais tempo. A questão não está em nós sermos capazes de conciliar - porque temos um companheiro porreiro ou uma companheira porreira, e somos capazes de conciliar as coisas uns com os outros - mas que realmente haja transformações ao nível do Estado, porque isso me parece que é um passo ainda mais importante".


Ficam alguns momentos vividos:
































terça-feira, 10 de maio de 2011

A Economia Social e Solidária na resposta à crise: pelos caminhos da Igualdade para uma Competitividade Integrada

O projecto Literacia para a Igualdade de Género e a Qualidade de Vida: Lideranças Partilhada foi convidado a participar no Seminário A Economia Social e Solidária na resposta à crise: pelos caminhos da Igualdade para uma Competitividade Integrada, organizado pelo Gabinete da Secretária de Estado da Igualdade do XVIII Governo Constitucional de Portugal, pela CIG, pelo Mestrado de Economia Social e Solidária do ISCTE e pela Animar.

O convite consistiu na apresentação do nosso projecto enquanto exemplo prático de resposta estruturada à crise, uma vez que este tem por finalidade mobilizar a sociedade civil no empoderamento da comunidade e desenvolver um olhar crítico na reformulação de lideranças, introduzindo a perspectiva da igualdade de género na abordagem ao desenvolvimento e à qualidade de vida das populações. Desenvolvido no Norte do país, o projecto tem como objectivo a construção de Percursos de Literacia, com base na participação de líderes locais, profissionais de intervenção socioeducativa e em lugares de tomada de decisão e de cidadãos e cidadãs, em acções de sensibilização com metodologia de aprendizagem pela conversa sobre igualdade de género, qualidade de vida e partilha de lideranças, e na realização de um trabalho autónomo para a concretização de um Produto do Projecto.

Pela aprendizagem pela conversa espera-se proporcionar um espaço onde as pessoas encontrem a possibilidade de “abrandar”, discutir e reflectir sobre as suas experiências. Conversar com o objectivo de “encontrar novos sentidos” e “deixar emergir novos conhecimentos” para promover práticas inovadoras:
. Contar para formular ideas e reconhecer motivações, intenções, objectivos e resultados;
. Problematizar, a história contada, para analisar o seu contexto político-cultural regulador ou emancipador;
. Formular alternativas para perspectivar a acção.

Com um Trabalho em rede, consubstancia-se o reforço e o estabelecimento de redes associativas informais e parcerias institucionais.

Desta forma, segundo o pensamento do Professor Rogério Roque Amaro, somos representantes de uma Economia social e solidária, que permite dar uma Resposta de Continuidade à crise, valorizando a democracia interna, aberta e participativa, enquanto alternativa sustentável, emancipadora e ao encontro da Vida: a Competitividade Integrada!

Excerto da Intervenção de Rogério Roque Amaro, vídeo de autoria de Carlos Ribeiro, Caixa de Mitos












O Seminário foi seguido de debate, como se pode observar nas seguintes fotografias da autoria de Carlos Ribeiro, Caixa de Mitos:





























quinta-feira, 5 de maio de 2011

Questões de Género na Sociedade Portuguesa: Novas e Velhas Violências


A Delegação da Universidade Aberta (UAb) no Porto realiza, no dia 11 de maio de 2011, pelas 14h30, as primeiras Oficinas Abertas dedicadas ao tema “Questões de género na sociedade portuguesa”, sendo a primeira sessão dedicada ao tema “Novas e Velhas Violências”.

A iniciativa destina-se a estudantes, técnicos da área, a IPSS, organizações não-governamentais e à sociedade civil em geral. O encontro pretende articular os diferentes saberes implicados na abordagem da temática, desde os conhecimentos científicos produzidos, ao seu enquadramento pelas políticas públicas, passando pela exploração dos discursos oficiais, sem esquecer as perspetivas dos profissionais e das suas organizações bem como os discursos de não profissionais.

As Oficinas Abertas dedicadas às Questões de Género na Sociedade Portuguesa pretendem constituir-se num espaço de articulação e confluência de saberes, de cidadanias e reflexividades entre a ciência e a vida quotidiana, como objectivo de compreender a situação atual em torno da questões de género na sociedade portuguesa, com especial ênfase, nesta sessão na temática da violência.

A Abertura das Oficinas Abertas contará com as presenças de Teresa Joaquim, Coordenadora do Mestrado de Estudos sobre as Mulheres do Departamento de Ciências Socias e de Gestão da Universidade Aberta e Investigadora Responsável pela Linha de Investigação Estudos sobre as Mulheres do Centro de Estudos das Migrações e Relações Interculturais, e de Cláudia Múrias, Coordenadora do projecto Lideranças Partilhadas da Fundação Cuidar O Futuro e Investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.

Manuel Albano, Vice-presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, abordará a temática das "Novas e Velhas Violências".

A moderação será feita por Fátima Alves, da Centro de Estudos das Migrações e Relações Interculturais da Universidade Aberta.

Para informações e inscrições, contacte:
Manuela Pinto 300 001 719 mpinto@univ-ab.pt
Delegação da Universidade Aberta no Porto
Rua do Amial nº 752
4200-055 Porto