Do primeiro workshop “Partilhar Lideranças nos Espaços Público e Privado”, realizado no âmbito da parceria estabelecida com a linha de investigação Género, Família e Envelhecimento, do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, destacámos momentos de partilha de vivências e reflexão pessoal sobre liderança, tais como:
"antes de liderar temos de ser liderados"
"é importante que os que lideram saibam ser líderes"
"sou um líder com muitas dúvidas, mais dúvidas que certezas"
"liderar é um processo de construção de vida pessoal"
"liderança como participação e cidadania"
À tarde, a conversa desenvolveu-se em torno das ideias presentes nos textos-desafio:
"Se calhar também temos que começar a pensar na liderança de outra forma, porque há formas de liderança partilhada, em que todos ou todas somos líderes, todos e todas somos responsáveis por aquilo que está a ser feito".
"Um líder é um bocadinho difícil de definir. Eu acho que depende muito da situação. É uma pessoa que tenha a capacidade de me escutar, e de incorporar a minha opinião naquilo que estamos a decidir, ou a fazer. E que tenha a capacidade, também, de me deixar exercer a minha criatividade, de me deixar ser pessoa, de me levar a agir".
"Neste momento em que o ritmo de vida se tornou insuportável, tanto para as mulheres como para os homens, especialmente para jovens profissionais, (…), temos de denunciar abertamente o actual mundo do trabalho e da sociedade, e criar rupturas". "Tem que haver partilha do espaço privado e público pelos dois sexos".
"A base do nosso trabalho político não é qualquer coisa fora de nós, a tal coisa que podemos manipular à nossa maneira, mas qualquer coisa que está profundamente ligada com a nossa vida de cada dia" (Pintasilgo, 1982).
"Quando falo na questão do poder, vou ainda mais longe. É que uma parte integral da acção para uma mudança política – essa mudança que pode tornar as pessoas capazes de outra vida, ao menos com condições mais felizes – é uma redefinição do nosso «eu»: quem sou e como vivo em relação às coisas, aos objectos, em relação ao tempo, em relação ao poder. E nós, mulheres, temos que fazer para nós próprias essa redefinição” (Pintasilgo, 1982).
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